terça-feira, 17 de agosto de 2010

Os músculos do corpo humano


Os músculos em ação

        Os músculos são cerca da metade da massa corporal de uma pessoa saudável, por meio deles é possível a locomoção, movimentação das partes do corpo, a circulação do sangue nos vasos sanguineos, o deslocamento dos alimentos no tubo digestório, a eliminação de saliva pelas glândulas salivares, a elminação de urina, etc. Os músculos transformam a energia dos nutrientes em força.
        Os músculos são constituídos por células especializadas em contrair-se. No corpo humano há cerca de três tipos de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco e não estriado (ou liso).
 
        Músculos esqueléticos totalizam 656 no corpo humano, sendo que eles tem tamanhos e formas variados, exercícios físicos podem levar ao aumento da massa muscular, enquanto a total falta de atividade física pode ocasionar na perda de até 20% da massa muscular em apenas 2 semanas. 


Antagonismo Muscular
  
        As extremidades dos músculos estriados esqueléticos são geralmente afiladas em cordões fibrosos altamente resistentes de tecido conjuntivo, os tendões. Estes ligam os músculos aos ossos, que são os pontos de apoio da ação muscular. Ao contrair-se, o músculo puxa os ossos aos quais está ligado, mas, ao distender-se, não consegue empurrar os ossos. Por isso, os músculos esqueléticos atuam, em geral, em duplas, com movimentos contrários: enquanto a contração de um deles produz movimento em um sentido, a contração de outro produz movimento em sentido contrário. 
        Como exemplo, podemos utilizar os músculos de nossos braços, o bíceps e o tríceps: o bíceps está fixado aos ossos do ombro e ao osso do rádio, ao se contrair, ele puxa o antebraço para cima. O tríceps se prende aos ossos do ombro e ao osso da ulna, sua contração produz a extensão do antebraço.




Grau de contração muscular

        Um músculo esquelético se contrai quando as terminações axônicas de um nervo motor lançam uma substância neurotransmissora, a acetilcolina. Isso ocorre nas sinapses neuromusculares , que são os estreitos espaços entre as terminações axônicas e as membranas celulares das fibras musculares.
Terminações axônicas de um nervo                                     Sinapse neuromuscular.
fazendo sinapse com fibras musculares
esqueléticas.


        A acetilcolina liberada pelo axônio liga-se a receptores da membrana da fibra muscular, gerando nela um potencial de ação que desencadeia o processo de contração.
        A contração de uma fibra muscular segue a "lei do tudo ou nada", ou se contrai totalmente ou não se contrai. Se o estímulo nervoso for suficientemente intenso para estimular a fibra nervosa, ela irá se contrair com o máximo de sua capacidade, caso contrário ela simplesmente não irá se contrair. O grau de contração de um músculo depende da quantidade de fibras estimuladas. Quando o estímulo é fraco, apenas algumas fibras são estimuladas, e o músculo tem uma fraca contração. Em uma forte estimulação, muitas fibras são estimuladas ao mesmo tempo, e a contração do músculo é intensa.
        Uma fibra muscular consegue manter-se contraída por pouco tempo, cerca de alguns milésimos de segundos, porém, o músculo inteiro pode manter-se contraído por um longo tempo, por exemplo: quando seguramos um objeto pesado. Isso é possível porque, enquanto durar a estimulação nervosa, haverá alternância entre as fibras musculares contraídas e relaxadas. Normalmente os músculos apresentam umas poucas fibras estimuladas a se contrair, quando estas relaxam, outras se contraem em seu lugar, sendo que todo músculo está permanentemente em atividade ou tensão muscular, que é conhecido como tônus muscular. O tônus é responsável pela firmeza dos músculos, importante na manutenção da postura do corpo. O tônus depende da inervação por neurônios motores, além de manter os músculos preparados para a contração, é essencial para a manutenção da atividade vital das células musculares.


Fermentação láctica nos músculos

        Durante um exercício muito intenso, o oxigênio que chega aos músculos pode não ser suficiente para suprir as necessidades respiratórias das fibras musculares, nesse caso, elas passam a produzir ATP (nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas) por meio da fermentação láctica. Esse processo, embora menos eficiente que a respiração aeróbica, garante o suprimento de energia para a contração muscular em situações de emergência.